domingo, 27 de fevereiro de 2011

Atualmente

Foi só uma amiga dizer que estava com saudades do blog, que eu corri pra procurar meu diário, e não encontrei. então vim!
e pensando aqui...acho que foi exatamente por isso que eu parei de escrever no blog: não porque eu resolvi ter um diário, mas porque quando eu criei o blog eu precisava que algumas pessoas soubessem o que eu tava sentindo, e no momento eu não preciso mais, me sinto introspectiva, apesar de seguir falando demais.
Recentemente eu ouvi um comentário muito forte de alguém dizendo que eu sou uma pessoa infeliz e isso me incomodou pra camaba. Não me sinto infeliz. E conversando com essa mesma pessoa ela referiu que eu só era feliz quando os outros são felizes, e isso sim é verdade. Não sou santa, mas me falta um egoísmo necessário.
Começo a aprender que o sentimento que eu mais abomino também tem dois lados: pode ser bom e mau. Tudo tem dois lados.
Atualmente eu me sinto assim: trabalhando internamente todos os meus sentimentos, tentando organizar os meus medos, minhas vontades, tentando acertar menos com as pessoas O.o e mais comigo - ainda que pareça tarefa impossível.
De forma que deu saudade de escrever aqui, e de talvez me desculpar antecipadamente por tentar me tornar alguém mais egoísta, e mais feliz.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

eu ando assim...

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa



... tão Cássia Eller

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ainda sinto tua falta...

a verdade é que a tarde tumultuou meu coração... e nada a ver com jogos ou trabalho, mas eu senti como ainda é forte a tua presença hoje aqui, em mim.
ao entrar naquele prédio eu revivi milhões de momentos da minha vida, todos especiais e cheios de adolescencia, de intensidade.
a verdade é que eu sinto tua falta ;~ falta das nossas conversas, das nossas saídas de carro, das histórias que eu te contava só pra ouvir um "ai carol", e da última vez que eu te vi. o pior disso foi saber que era a última vez e não ter coragem pra dizer o quanto eu gostava de ti, e o quanto tu era importante pra mim...
lembro de cada conversa no icq, de cada jogo de tagbuleiro, de cada mágica que fizestes.
hoje eu senti como se ainda estivesse aqui, comigo. como se ainda fosse a minha amiga querida, tão presente, tão importante.
hoje eu vi muitas fotos, muitos enfeites de natal que tu gostavas, muito eu te senti, e tu não chegou...
acho que eu não tinha me dado conta que passou tão pouco tempo desde o nosso último encontro.
com o choro entalado na garganta eu te digo: eu não te esqueci, eu sinto tua falta, eu ainda te amo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

é verdade.

no fundo é tudo assim...
as pessoas falam e fazem o que querem, e o mais importante: são capazes de mentir o que convém. totalmente.
de fato, é necessário guardar as primeiras impressões, mesmo que devamos considerar as últimas, para que a gente não se surpreenda tanto, e não seja tão injusto também.
verdadeiramente eu digo: evite pré-conceitos, muito já fiz e muito me arrependi.
aceite (embora não entenda) sem digerir o fato de que seu amigão começou a usar as mesmas roupas que tu, e que ele disse não gostar.
ou melhor, aceite o fato de que ele foi melhor na prova, ou que pegou a vaga de emprego que tu querias - e não sejas falso, farias o mesmo.
sim, farias. e ainda convidaria para uma comemoração, com chopps.
a verdade é que as pessoas abominam o egoísmo e ele ferve nas veias – é incrível.
agora, de uma maneira nada simpática e nada Caroline de ver o mundo aprenda: duvide não só dos inimigos, como dos amigos. deixe que eles também te ensinem.
não tenha grandes expectativas.
mantenha a própria máscara alinhada ao rosto.
- triste? esqueça tudo isso e ame o próximo como a ti mesmo.
“Aham Cláudia, senta lá!”

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Do lado de cá...

Hoje posso dizer que estou bem. Bem diferente de ontem, procurando não esperar demais do amanhã. Tem dias que simplesmente empurro tudo com a barriga, outros anuncio uma revolução.
Ainda estou tentando melhorar contigo, ainda tento te merecer.
Atualmente não sei muito, e sei tudo.
Perdi um pouco o encanto em relação as pessoas, mas não perdi a fé.
Tive vontade de estar contigo, e não pude estar - e isso acarretou um frio na barriga ao longo do dia...
Sinto hoje que não sou intocável, e isso vem sendo difícil pra mim.
Começo a crer no corpo fechado, adoeço muito pouco, afinal a vida tem mostrado a falta de tempo. Estou trabalhando na melhora de alguns sentidos e tenho procurado enxergar melhor, faz uma semana que não crio falsos julgamentos, nem faço agressões gratuítas.
Eu ando falando baixo, isso me preocupa. Ando travada para escrever, guardando sentimentos.
O banho demorado continua sendo a válvula de escape perfeita e a saudade é o vilã da história!
Perco o sono, perco a vontade, e perco a oportunidade de ficar quieta, e aprender.
Quero e estou crescendo, ainda com medo.
Hoje dou passos enormes em direção da normalidade, embora ainda me culpe pelos erros.
Eu almejo um coração em paz, um trabalho que me complete e um bom lugar pra terminar o dia.
Ao teu lado. Sempre.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

hum

faz muito tempo que eu não apareço aqui. talvez porque as coisas estejam em completa transformação. não dá pra explicar ;~. simplesmente pisquei os olhos e fiquei confusa. sinto que o medo não me atinge mais como antes, mas a insegurança dorme em uma almofada próxima. eu quero mudar. eu sei exatamente as 3 razões pra isso, e sei também em qual escala 0-10 essas coisas me incomodam.
o que me conforta é saber que o processo de mudança se dá assim: com algumas recaídas.

- droga, perdi o fio do assunto.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reflexão

"Vida doméstica é para gatos. Se ser feliz para sempre é aceitar com resignação católica o pão nosso de cada dia e sentir-se imune a todas as tentações, então é deste paraíso que quero fugir.
Tenho medo de não conseguir manter minhas idéias, meus pontos de vista, minhas escolhas (...) Tenho medo dessa busca desenfreada pela verdade, pelas respostas. Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo (...) Ok, eu sei que jamais vou derramar um copo de cerveja na cabeça de um homem, nem vou sair nua pelos parques protestando contra o uso de casacos de pele. Eu nunca vou fazer uma extravagância, e é isso que me assusta, por que uma piração de vez em quando pode ser muito bem vinda. Eu não tenho medo de perder o senso. Eu tenho medo é desta eterna vigilância interior, tenho medo do que me impede de falhar.
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, se acaso, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. (...) As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação. Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas.
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instrução.
Sou quase oriental... sou latina muito raramente. Mais tudo mudou ando tão mexicana, por dentro quase histérica. (...)
Talvez lembre de mim como uma mulher vivida, descolada, que lida bem com relações descartáveis, logo eu que odeio copos de plásticos, canudinhos, tudo que não dure.
Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também.
Sexo deveria ser como uma chuveirada. Uma gargalhada.
Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas, por um triz não sou uma bruxa. (...)
Eu me exijo desumanamente. Tenho impressão de que se eu não tiver uma vida bem argumentada ela vai se esfarelar em minhas mãos. Sou garimpeira, quero sempre cavoucar a razão de tudo, não consigo dar dois passos sem rumo determinado". (Martha Medeiros)


- me sinto um liquidificador de pensamentos, preciso de tempo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sou eu

não tem igual. as cores me chamam atenção, eu gosto de flores e sou viciada em leite com nescau (de colher!). eu amo bichos, me interesso por pessoas, e se não fosse nutricionista, não seria mais nada. eu tenho as mesmas amigas a mais ou menos 15 anos, e de 5 anos pra cá agreguei algumas poucas pelo caminho, mas tão importantes quanto. eu sou extremamente leal, extremamente empática e extremamente sentimental. me distraio facilmente e nunca me canso de dançar. sonho alto, crio expectativas, quebro a cara, e vivo cada minuto dessa montanha russa. eu odeio montanha russa. o melhor lugar do mundo pra mim quase ninguém conhece, e ele é meu. tenho a nostalgia alta, e morro de saudade dos meus amigos. odeio o fato de amigos homens sumirem quando namoram, mas morro de ciúmes do meu namorado. aprendi a não ligar para o que as pessoas pensam de mim, e diminuir o nível de expectativa em relação à elas; ainda não aprendi a realizar o mesmo com as situações. tenho muito o que aprender, e já não me sinto mais criança. as sardas não me incomodam mais, mas o peso não pode passar de “x”. meu nível de exigência é alto, eu sou rancorosa e não costumo perdoar (me) com facilidade. eu quero sempre mais, o que é morno me incomoda. não sei viver de médias expectativas. eu amo demais, eu sou feliz demais, eu choro demais. e se o “demais” não vier acoplado, então eu nem ligo. cresço e aprendo comigo e com as pessoas a minha volta – observando e entendendo o contexto de cada um. não tem igual.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

hoje.

a verdade é que não tenho muito tempo, mas foi impossível deixar de abrir o blog. tenho sumido para me reencontrar. como dizia o poeta: "ando devagar porque já tive pressa", é assim que eu me sinto. a vida me pediu calma, enquanto eu tentava agarrar o mundo com duas mãos. eu me permiti entender o que eu sinto sem deixar o sentimento me dominar (valeu, carol!), e isso foi bom, está bom. por isso ando assim, apreciando o silêncio e tentando planejar pouco, e agir mais.
sou tão eu agora, trabalhando as mágoas, a ansiedade, a vontade de ter tudo pronto, ONTEM. - tento apenas seguir em frente dando um passo de cada vez. eu sei que vai demorar, mas eu acredito que vai valer a pena.

pensei, pensei, pensei, mas achei sem querer a música pra me definir:

Tocando em Frente - Almir Sater

Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe,
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Cada um de nos compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

sábado, 28 de agosto de 2010

é assim que é.

é tão estranho estar sozinha no sábado de noite, nem lembro a última vez que isso aconteceu. não sei, achei que ia me sentir mal, ansiosa, nervosa, ou qualquer outro sentimento associado à solidão, mas nada. deitei com o computador, quis trabalhar, mas um desejo me atingiu: ler meus velhos diários. sempre escrevi, e mantive diários no sentido total da palavra durante 5 anos da minha adolescencia.
meudeus, saudades é mato. é tão legal ler coisas antigas, relembrar, ou apenas ler, pois (para a minha surpresa) em várias páginas as coisas não fizeram sentido algum, e foi até engraçado sentir que um dia eu me importei de verdade com elas.
nem sei o que foi mais legal ler, tinha tudo! folhas (e muitas não sei de onde ou o que são), cartas muitas vezes não enviadas ou aquelas de comunicação direta com as minhas amigas, todas as letras de música, e nomes de pessoas que eu forço a memória pra saber quem são. TUDO prendeu minha atenção, a começar pelas expressões do tipo "falei com a galera" (2003) ou "assim ó, tomei um relaxante muscular e CAPOUTZ" (2006). Ou aquelas preocupações (megaimportantes) que constumavam tirar meu sono: "Prova de Ciência e Arte, e ACHO que 1 G2 a menos /o/ tá! trabalho, aula, prova, casa e pscina ^^. Meu, tô tão cansada! Férias, onde vocês estão que não me ouvem? O.O³ ah, tô sem pc ainda... acho que vou estudar Bioquímica, é o que me resta..." (novembro 2006)
ai, tô boba! ia seguir escrevendo, mas vou voltar pras minhas lembranças...
"cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é" - todo sentido hoje.